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segunda-feira, janeiro 06, 2014

AS RESOLUÇÕES DE ANO NOVO FUNCIONAM?


Neste início de ano, partilho esta excelente animação a propósito das resoluções de ano novo. Porque insistimos nestas resoluções? Funcionam? Porquê?

Na verdade, parece haver uma maior taxa de sucesso e durabilidade nas decisões tomadas nesta altura, em detrimento de outras fases do ano. Alguns dos fatores deste maior sucesso prendem-se com uma avaliação mais fina das capacidades e fragilidades pessoais, uma maior clareza sobre as prioridades, uma maior flexibilidade e um maior equilíbrio entre o otimismo e o realismo, que têm lugar aquando do balanço do ano. Trata-se de aprender com o passado e apontar para o futuro.

O autor aponta ainda como fatores potenciadores do sucesso das resoluções/mudanças: Traçar pequenos objetivos, em vez de grandes metas; mais facilitação do que propriamente motivação; auto-monitorização no lugar de auto-controlo.

Bom ano, boas resoluções e boas mudanças!

Alexandra Barros
Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta

sábado, novembro 03, 2012

O desejo e o medo da mudança

A mudança mete sempre medo. O homem é, até certo ponto, um animal de hábitos, mas é também um ser pensante e que tem necessidade de progredir. Aqueles que se propõem mudar vão certamente deparar-se com frustrações e dificuldades. A mudança exige confronto com os nossos medos e ansiedades, exige sair-se da zona de conforto e arriscar. Muitas pessoas queixam-se e dizem: "tenho de mudar". Mas, com mais queixa ou menos queixa, verifica-se que estão instaladas nas suas rotinas e hábitos adquiridos, como se fosse preferível um mal-estar conhecido ao risco do desconhecido.

É frequente as pessoas dizerem que querem mudar mas terem tanto medo que todos os pretextos servem para adiar e não tomar decisões.

A mudança, quando desejada, traz consigo perdas mas traz também outras coisas melhores. A mudança faz parte da trindade esperança+mudança+progresso, como se vê na imagem abaixo.

 

domingo, outubro 21, 2012

O mundo está a mudar e muito depressa

Esta Ted Talk de Eddie Obeng confronta-nos com o facto de estarmos a viver num mundo que muda tão depressa, que a aprendizagem, tal como a concebíamos no final do século XX, se torna difícil.

Será uma questão de tamanho, uma questão de escala (um mundo global) mas também uma questão de ferramentas. Temos as ferramentas para sobreviver neste "brave new world", como lhe chamou Aldous Huxley? A maior parte de nós, não. É triste admiti-lo, mas tudo leva crer que venha a ser essa a dura realidade.

E essa será a maior desigualdade na sociedade de amanhã, uma sociedade que será, como já lhe chamaram, low cost. A distinção, e o acesso à qualidade de vida, far-se-á pelos "skills".

Há que saber aprender, falhar, tornar a aprender. Eddie Obeng não é muito fácil de perceber, mas vale o esforço.

http://www.ted.com/talks/eddie_obeng_smart_failure_for_a_fast_changing_world.html?utm_source=newsletter_weekly_2012-10-19&utm_campaign=newsletter_weekly&utm_medium=email


quarta-feira, junho 13, 2012

Liberdade! e Futuro!




Enquanto sociedade “Não podemos prescindir nem da liberdade, nem do futuro” disse há poucos dias o Professor António Sampaio da Nóvoa num arguto discurso no âmbito das comemorações do 10 de Junho dobre educação, ciência, sociedade e solidariedade.
Se o direito à liberdade e a um futuro são direitos inalianáveis das pessoas, na sua vida em sociedade --numa sociedade democrática que precisamente se funda na ideia da liberdade dos cidadãos--, este direito implica o uso da sua liberdade individual de pensamento, e a afirmação da liberdade interior dos membros da sociedade. 
Podemo-nos perguntar se o seu uso é democrático, e como se desenvolve e faz uso desta liberdade interior e da vontade individual ? A resposta passa seguramente pela educação formal e informal que a sociedade oferece aos seus membros, e a qualidade desta favorecerá e fortalecerá certamente a emergência de indivíduos com mais conhecimento, maior liberdade de pensamento e maior vontade de intervenção na sociedade. Por outro lado se, como sustentava Espinoza. a vontade da sociedade é igual à vontade dos seus membros, podemos perguntarmo-nos também se a falta de clareza dessa vontade da sociedade não nos remete para a falta de clareza da vontade individual.
E outras questões emergem, entre as quais se todas as pessoas se sentem real e igualmente possuidoras, hoje, desse bem, desse direito, como se diz inalianável, de liberdade. Se as pessoas se sentem donas das suas escolhas, seguras de uma capacidade de pensar autónoma e livre, e se lidam realisticamente com os seus medos e ansiedades. Aqui, creio eu, as diferenças abundam, e uma sociedade cuja direcção, cujos valores, cuja vontade vacila, cuja economia vacila, cria muitas e inesperadas tensões e desigualdades que afectam a capacidade de pensar, a capacidade de exercer a liberdade individual, e aumentam as desigualdades e os conflitos manifestos e latentes. E a qualidade da sua saúde mental.
Future, Agim Sulaj, 2009

O futuro, somos nós, é uma frase ouvida, é uma frase sentida. E a confiança no futuro depende em primeira mão na confiança que sentimos, individualmente, em nós próprios. Na vontade que temos. Na capacidade de sugerir ideias novas. Na capacidade de intervir, e de não ficar à espera que os ventos mudem a nosso favor ou, como ecoa na célebre frase do discurso de Kennedy, creio que da sua tomada de posse, “Não te perguntes o que é que o teu país pode fazer por ti, pergunta-te antes o que é que podes fazer por ele”.
Proactividade e iniciativa, auto-confiança, resiliência, estão implícitas neste movimento, e são igualmente características de pessoas com uma evidente robustez psicológica.
Tendo em conta que o contexto social, económico e político em que vivemos nos afecta enquanto seres humanos, na nossa vida familiar, comunitária, profissional, entende-se que se multipliquem vulnerabilidades, aumentem conflitos internos, aconteçam desequilíbrios. E que estas características pessoais tão desejadas, e associadas ao fazer acontecer a liberdade e o futuro esmoreçam. E a acção livre fica tantas vezes bloqueada. E neste quadro, procurar ou sugerir ajuda psicológica ou psicoterapêutica urge, para fazer acontecer a mudança individual, favorecer o fortalecimento da identidade e da liberdade individual. Aja. Por si. Por si e para os outros.
Por um presente que se vive com mais plenitude, com porta aberta para o futuro.
Isabel Botelho