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quinta-feira, setembro 11, 2014

FOME DE AMOR



ESTAMOS COM FOME DE AMOR!


Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. 

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance",  incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida? 

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. 

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamo-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós. 

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!". 

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. 


TODO MUNDO QUER TER ALGUÉM AO SEU LADO,
 mas hoje em dia é feio, démodé, brega. 


Alô gente! 


FELICIDADE, AMOR, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta. 

Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois. 

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida". 

Antes idiota que infeliz! 

terça-feira, agosto 26, 2014

Homossexualidade e Budismo

Visão do budismo sobre a homossexualidade


Esta história foi retirada do facebook de um aluno que presenciou a partilha de opinião sobre a homosexualidade do Precioso Senhor da Dança, S.Ema. Chagdud Tulku Rinpoche. 
Uma senhora, após a palestra do lama sobre a diversidade da vida, perguntou:
- Mestre, o que é um homossexual?
Ele: – Um homossexual é uma pessoa que faz sexo com o mesmo sexo.
Ela: – Acho que o senhor não entendeu… Como o budismo vê o homossexualismo?
Ele: – Nós não vemos o homossexualismo. No budismo, não temos o costume de ver as pessoas fazendo sexo.
Ela [impaciente]: – Mestre, o que eu quero saber é a opinião do budismo sobre pessoas que fazem sexo com o mesmo sexo.
Ele: – Alguém pode dar opinião sobre quem não conhece? Você está falando em “pessoas”. Que pessoas?
Ela [quase louca]: – Qualquer uma! Qualquer uma!
Ele: – Todas as pessoas são milagres.
Ela [começando a espumar]: – O HOMOSSEXUALISMO É CERTO OU ERRADO?
Ele: – Atos homossexuais consensuais são atos de amor.
Tudo isso com a mesma expressão de quem vê um passarinho azul. Seguem-se aplausos e gargalhadas. Rinpoche sorri.
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Dalai Lama também foi questionado sobre as agressões contra lésbicas, gays, bissexuais e a comunidade LGBT. 

Ele respondeu ”Isso é errado”, ”É violar direitos humanos. Se duas pessoas realmente se sentem bem dessa maneira e ambos os lados concordam totalmente, então tudo bem”,  Dalai Lama

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Já Thich Nhat Hanh, quando questionado disse: 

O espírito do Budismo é a inclusividade. Olhando profundamente a natureza de uma nuvem, vemos o cosmos. Uma flor é uma flor, mas se olharmos profundamente para ela, veremos o cosmos. Tudo tem um lugar. A base, o fundamento de tudo, é o mesmo. Quando você olha para o oceano, você vê diferentes tipos de ondas, muitos tamanhos e formas, mas todas as ondas têm a água como seu fundamento e substância. Se você nasceu gay ou lésbica, o fundamento do ser é o mesmo que o meu. Nós somos diferentes, mas compartilhamos o mesmo fundamento do ser.” 

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Original de Leonardo Ota, Sobre Budismo 




quinta-feira, julho 24, 2014

Nomofobia


Medo de viver sem telemóveis está a transformar-se 

numa patologia


Novo medo afecta cerca de 66% dos jovens adultos



Os novos distúrbios emocionais são o reflexo do estilo de vida cada vez mais autocentrado que levamos. Nos últimos anos, a tecnologia aproximou as pessoas, mas também as tem afastado.

Nos dias que correm, imperam a carreira profissional, o estatuto social, as relações virtuais e as gratificações fáceis e imediatas, pelo que importa conhecê-los.
E se há atitudes que conseguem incomodar profundamente, pegar num smartphone para enviar um SMS ou espreitar o que está a acontecer nas redes sociais durante um jantar entre amigas, é uma delas.
Já perdi conta ao número de vezes em que deparei com a minha amiga Catarina Pires (nome fictício) a distanciar-se da conversa do grupo para enviar (mais) um SMS, ler um e-mail ou para responder a um dos amigos que está online numa das várias aplicações de conversação que tem instaladas no seu smartphone.
Eu só dou por mim a questionar-me, mas porquê tantos chats? Se a melhor forma de comunicar com alguém continua a ser através de um simples telefonema ou, sempre que possível, cara a cara. Pelo menos, para mim. Mas, parece que para a Catarina Pires, não. Nem para ela, nem para uma grande maioria. Estudos internacionais recentes revelam que mais de metade da população receia ficar sem telemóvel.
Falamos de nomofobia, um novo medo que afecta cerca de 66 por cento dos jovens adultos, sobretudo mulheres e que se enquadra no âmbito das perturbações do controlo dos impulsos, tal como a compulsão por compras ou a compulsão sexual. Perturbações cada vez mais relatadas dentro dos consultórios de psicologia, que podem ter consequências nefastas.
O aumento da utilização dos smartphones e a necessidade de ligação constante às redes sociais acentuou a prevalência da nomofobia, «um desconforto causado pela incapacidade de comunicar por telemóvel, que pode dar origem a um medo patológico de ficar incontactável, que se enquadra nas perturbações do controlo dos impulsos», refere Cláudia Sousa, psicóloga clínica.
«Pode surgir associado a quadros de depressão ou ansiedade generalizada, mas também em pessoas saudáveis», alerta a psicóloga. Um estudo recente, realizado no Reino Unido, revelou que mais de metade das pessoas confessam que têm medo de perder o telemóvel (cerca de 66 por cento). Os adolescentes e os jovens adultos (principalmente mulheres) são os mais afectados.
Os sinais do medo
Caracteriza-se por uma sensação de pânico e de impotência, tremores, suores frios, falta de ar, náuseas, taquicardia e dores de cabeça. «Nos casos mais graves, pode chegar à depressão e à perturbação de pânico», alerta a psicóloga clínica Cláudia Sousa.
Actualmente, todos nós estamos permanentemente ligados, pelo telemóvel ou pelas redes sociais, mas, como acontece com qualquer outra perturbação psiquiátrica, o comportamento passa a ser patológico, quando interfere significativamente com os compromissos da pessoa.


De acordo com a especialista, os primeiros sinais que indiciam esta fobia são a necessidade de estar constantemente a olhar para o telemóvel, verificar obsessivamente se existem chamadas perdidas, sms ou emails, deixar de fazer algo importante para atender uma chamada e, caso se esqueça do telemóvel em casa, voltar atrás para o ir buscar, pondo em causa um compromisso importante.


Original em: Mulher.sapo
Texto: Sofia Cardoso com Ana Cristina Almeida (psicóloga clínica e directora clínica da Clínica Psicronos em Lisboa), Cláudia Sousa (psicóloga clínica no Instituto Cuf) e Fernando Mesquita (psicólogo clínico e sexólogo)

sexta-feira, junho 20, 2014

As leis da atração

Química. Já quase toda a gente a sentiu, mas dificilmente alguém a sabe explicar. É aquele click inexplicável faz soar alarmes e acender luzes, as borboletas no estômago e o sorriso tolo na cara, aquela sensação de ter havido alguém que acampou dentro da nossa cabeça e se recusa a sair de lá. Mas porque sentimos nós estas coisas - e tantas outras - com umas pessoas e não as sentimos com outras? Quais são (será que as há?) as leis da química e da atração?

A frase "houve uma química entre nós" pode ter um sentido bastante mais literal do que aquele com o qual se habituou a olhá-lo. Estrogénio, testosterona, dopamina, serotonina, norepinefrina e adrenalina: eis uma grande parte da explicação para o que está a acontecer no seu corpo e no seu cérebro quando se sente atração por alguém. De certa forma, sentir-se atraído por alguém é uma experiência semelhante a estar sob a influência de certas drogas. Porque na realidade, está mesmo.

Provavelmente quase todos os dias conhece pessoas novas, cruza-se diariamente em todos os locais que frequenta com centenas de pessoas. Porque é que umas lhe são indiferentes e outras despertam o seu interesse e a fazem sentir-se atraídas por elas? Provavelmente já pensou sobre isto e pergunta-se o que será que essas pessoas têm de especial, mas na realidade essa é uma pergunta incompleta... A questão correta é: o que é que a atração por uma determinada pessoa diz sobre si.

A resposta começa no universo dos sentidos, afinal são eles que nos permitem o contacto com tudo e todos à nossa volta, como refere o psicólogo e sexólogo Fernando Mesquita. E, como explica, privilegiamos por norma os sentidos da distância, considerados nobres – ver e ouvir –, enquanto aqueles que exigem proximidade (o gosto, o olfato e o tato) foram classificados como inferiores. "Os outros têm o direito a me ver e ouvir, mas não têm o direito de me saborear ou cheirar a menos que eu queira. Mas se temos uma relação amorosa não basta ver e ouvir, queremos acima de tudo cheirar, saborear, tocar e acariciar", conclui o sexólogo. Quer isso dizer que a atração é marcada por tudo isso que nos é agradável: o que vemos, ouvimos, cheiramos, saboreamos e tocamos.


Fernando Mesquita refere as muito faladas feromonas, apesar de todo o ceticismo no que concerne à sua influência nos humanos. Alguns estudos defendem que os humanos, à semelhança de outros animais, têm a capacidade inata de identificar, através do cheiro e, portanto, das feromonas, sistemas imunitários diferentes dos seus, que são sempre os preferidos na altura de escolher um companheiro e que estão ligados a comportamentos primitivos essenciais à preservação da espécie. De resto, é essa mesma atracão primitiva, que tem origem no hipotálamo, que marca o comportamento "dos homens que sentem atracão por mulheres com peito grandes e ancas largas (características associadas à fertilidade), tal como o caso de mulheres que sentem atração por homens com características associadas à força e poder", explica Fernando Mesquita.

Por fim, também a β-feniletilamina, uma hormona conhecida como a "anfetamina do amor", cumpre o seu papel neste cocktail bioquímico dentro de nós: é uma hormona que "faz desaparecer bloqueios, inibições e censuras e provoca o aumento da produção de dopamina [libertada em situações de prazer]. Este neurotransmissor também é, em certa parte, responsável pelo estado de euforia vivido na fase de paixão", refere o sexólogo.

As nuances da atração

Sabia que os homens podem interessar-se por mulheres diferentes dependendo se é manhã ou tarde? E que as mulheres podem sentir-se atraídas por homens de tipos muito distintos consoante a altura do mês? É a química a funcionar e, embora não se saiba ainda "da missa a metade", já muito é explicável e até mensurável. Um estudo realizado no Face Research Lab da Universidade de Glaslow, na Escócia, pelo psicólogo Benedict Jones, defende que, nos homens, as oscilações nos níveis de testosterona que ocorrem ao longo do dia têm uma influência decisiva na escolha de uma parceira: no início da manhã, quando o organismo masculino tem níveis mais altos de testosterona, as probabilidades indicam que optará por uma mulher de traços suaves, delicados e femininos, à tarde, com os valores mais baixos é bem possível que lhe chame a atenção uma mulher de rosto mais "pesado" e traços mais masculinos.

Já esta "matemática hormonal" feminina sofre alterações ao longo do mês, acompanhando a fase do ciclo menstrual. Os níveis hormonais de estrogénio, progesterona e testosterona sobem e descem drasticamente ao longo do mês. As consequências práticas destas alterações de valores refletem-se também naquilo que chama a atenção da mulher: os investigadores referem que do primeiro ao quinto dia do ciclo a mulher está menos disponível para sexo, razão pela qual se fizer escolhas sobre um parceiro, estas vão tender para o homem pacato e com feições suaves. Do quinto dia para a frente, os níveis de estrogénio e de testosterona começam a aumentar e, no período de ovulação, a partir do 14º dia, são os homens com um ar mais másculo e feições marcadas, como o queixo proeminente, que dominam a atenção feminina.


Será então justo afirmar que, no campo da química, nada é controlado pela nossa racionalidade e são as hormonas que mandam em nós? Felizmente, não. Muito embora na fase da paixão percamos um pouco a capacidade de pensar racionalmente (daí que seja tão difícil ver defeitos no outro quando estamos apaixonados), não somos guiados apenas por instintos, até porque algures no nosso subconsciente existe, para cada um de nós, um modelo já construído daquele que será o parceiro ideal.

Como nos explica o psicólogo e sexólogo Fernando Mesquita, como seres racionais que somos, os nossos comportamentos e decisões não se limitam a questões bioquímicas. "Está comprovado que, apesar de toda a importância da dita 'química', as vivências prévias e os fatores psicológicos são um fator determinante na seleção do (ou da) 'tal'", conclui o sexólogo. No fundo, remata, Fernando Mesquita, apesar do amor produzir reações químicas cerebrais específicas, a ligação afetiva entre duas pessoas não se limita exclusivamente a consequências biológicas.

Da atração ao amor, do amor à atração

A fase inicial da atração, do desejo, da paixão, bem sabemos que é maravilhosa, mas não dura para sempre. Nem podia: ninguém resistiria por muito tempo ao coração a bater descompassado, ao aumento da pressão arterial e da frequência respiratória, aos tremores e à falta de apetite, de concentração e sono! Estamos por isso programados para passar à fase seguinte, de mais estabilidade e de uma afeição mais tranquila para a nossa mente e para o nosso corpo. Ou seja, para passarmos da paixão ao amor e vinculação.

"Passada a fase de excitação, instala-se no cérebro um estado chamado de 'euforia-dependência', cuja presença da pessoa amada proporciona alegria interior e serenidade, e que se torna cada vez mais indispensável", explica Fernando Mesquita. De acordo com o sexólogo, quem ama, vive "drogado" de endorfina (morfina produzida pelo próprio corpo). "Mas, ao contrário do que acontece com os toxicómanos que precisam de doses cada vez maiores de morfina, o nosso organismo tem um limite na produção de endorfinas. E é neste ponto que alguns casais acabam a relação pois a quantidade de endorfinas produzida deixa de ser suficiente para saciar esta dependência", conclui. Como contrariar então esta quebra e acender o desejo nas relações de longa duração?

A terapeuta sexual e investigadora Esther Perel dedica-se há vários anos a estudar questões relacionadas com o desejo, amor e erotismo, sobretudo nas relações de longa duração. "Porque é que o amor e a intimidade não garantem bom sexo?", "Podemos querer aquilo que já temos?" ou "Porque é que aquilo que é proibido é tão erótico?" são algumas das perguntas de partida da sua investigação.

Mas, afinal, porque é tão difícil manter o desejo e o erotismo nas relações de longa duração? Esther Perel defende que na origem desta dificuldade está o desafio de conciliar duas necessidades humanas muito diferentes: a segurança, estabilidade e previsibilidade das quais precisamos e que são próprias de uma relação duradoura e de confiança e, por outro lado, a necessidade de aventura, novidade e mistério, características do desejo e do início de relação.

Porque, na verdade, muitas vezes, os ingredientes que alimentam o amor - como a responsabilidade e a preocupação - são os mesmos que matam o desejo. A investigadora concluiu que os casais que, passado décadas, ainda mantém a paixão e o erotismo na sua relação são aqueles que mantém alguma privacidade e espaço individual; que entendem que os preliminares não algo que é feito cinco minutos antes do sexo, mas antes uma coisa que começa logo no fim do orgasmo anterior; que entendem que a paixão, como a lua, tem fases, não é constante e aceitam isso, mas sabem como a trazer de volta porque abandonaram o mito da espontaneidade e sabem que a vida sexual exige presença, foco e intencionalidade.

Fontes:
- Fernando Mesquita, psicólogo e sexólogo
- Esther Perel, The secret to desire in a long-term relationship
- Gildersleeve, LM DeBruine, MG Haselton, DA Frederick, IS Penton-Voak, BC Jones & DI Perrett (2013). Shifts in Women's Mate Preferences Across the Ovulatory Cycle: A Critique of Harris (2011) and Harris (2012). Sex Roles, 69: 516-524.


Escrito por  Sofia Teixeira com entrevista a Fernando Mesquita, psicólogo e sexólogo





quarta-feira, maio 28, 2014

SEXO VIRTUAL

O vício do sexo virtual


Uma das consequências de um desejo sexual hiperativo

A compulsão sexual ou o desejo sexual hiperativo, nome por que também é designado o excesso de desejo sexual, é um dos problemas mais diagnosticados nas consultas de sexologia, de acordo com o sexólogo Fernando Mesquita.
Vários estudos mostram que a compulsão sexual afeta entre 5 a 6 por cento da população, principalmente homens (o número de homens que fazem sexo virtual é quatro vezes maior).
No entanto, estes números podem ser, na realidade, bem mais elevados. «Muitas destas pessoas não reconhecem o problema, outras sentem-se de tal forma constrangidas que optam por escondê-lo», alerta o especialista. A mais recente comédia de Joseph Gordon-Levitt, «Don Jon», mostra bem até onde pode ir o vício do sexo virtual. Don Jon, como os amigos lhe chamam, uma espécie de Don Juan moderno, é conhecido pela sua capacidade de seduzir o sexo oposto.
No entanto, nenhum encontro se compara ao êxtase que obtém sozinho, ao computador. Don Jon é viciado em pornografia e retrata os problemas normais de quem vive com esta compulsão, como a incapacidade de reconhecer que tem um problema e que precisa de ajuda, mas, ao mesmo tempo, é um exemplo de como o vício pode ser superado, quando conhece a mulher por quem se apaixona verdadeiramente e que o faz ver a vida de outra forma.
Está em risco?
«A visualização de pornografia, ou a prática de sexo virtual, pode tornar-se viciante, especialmente por apresentar uma grande variabilidade de oportunidades. Com o recurso à internet, a imensidão de estímulos não tem conta. Além disso, a pornografia e o sexo virtual são de gratificação imediata», explica o sexólogo Fernando Mesquita. É um problema comum em pessoas psicologicamente saudáveis, mas, geralmente afeta pessoas ansiosas e com dificuldade no controlo dos impulsos, ou pessoas tímidas, com fobia social ou dificuldade em estabelecer relações.
Os efeitos nefastos
Para estas pessoas, a necessidade de sexo leva a um dispêndio de tempo anormal em atividades necessárias para satisfazer os seus desejos. A maior parte dos dias é passada a planear, imaginar e a procurar oportunidades sexuais. Tal como nas outras dependências, pode surgir alguma tolerância e o nível de atividade passa a ser insuficiente para o indivíduo.
Essa situação faz com que necessite de quantidades crescentes para manter o nível de alívio emocional. Como resultado, este vício acaba por interferir no trabalho, hobbies e nas relações familiares e sociais. O início do tratamento começa quando a própria pessoa reconhece que tem um problema e que precisa do acompanhamento de um terapeuta.

Texto: Sofia Cardoso com Ana Cristina Almeida (psicóloga clínica e diretora clínica da Clínica Psicronos em Lisboa), 
Cláudia Sousa (psicóloga clínica no Instituto Cuf) e Fernando Mesquita (psicólogo clínico e sexólogo)
Edição internet: Luis Batista Gonçalves



sexta-feira, maio 09, 2014

As 20 leis sexuais mais estranhas


As leis que protegem a população contra os crimes sexuais são muito importantes na legislação de qualquer país, mas existem algumas bem intrigantes que, apesar de não serem usadas em muitos dos casos, ainda fazem parte da constituição destes locais.

Segundo uma lista publicada pelo site medicalinsurance.org, o simples ato sexual pode tornar-se muito perigoso e levar da cadeia até à pena de morte. Mas, algumas leis, são tão absurdas que merecem destaque nesta lista das mais estranhas do mundo todo.



1) Há homens em Guam cujo emprego em tempo integral é viajar pelo país para deflorar virgens, que pagam pelo privilégio de ter sexo pela primeira vez. Razão: pelas leis de Guam, é proibido virgens se casarem.


 

2) A maioria dos países do Oriente Médio reconhece a seguinte lei islâmica: Depois de ter relações sexuais com um carneiro, é um pecado mortal comer a sua carne.



3) No Líbano, os homens podem ter relações sexuais com animais legalmente, mas os animais devem ser do sexo feminino. As relações sexuais com machos são puníveis com a morte.

  

4) Em qualquer lugar dos Estados Unidos é ilegal o uso de espécies de seres vivos em perigo, exceto insetos, em manifestação sexual pública ou privada, espetáculos ou exposições retratando sexo entre espécies. 



5) No Bahrain, um médico pode legalmente examinar a genitália feminina, mas é proibido olhar diretamente para ela durante o exame. Ele só pode ver seu reflexo em um espelho.



6) Em Hong Kong, uma mulher traída pode legalmente matar o marido adúltero, mas deve fazê-lo apenas com as próprias mãos. (A amante do marido, por outro lado, pode ser morta de qualquer outra maneira).



7) Em Santa Cruz, na Bolívia, é ilegal um homem ter relações sexuais com uma mulher e a  filha ao mesmo tempo.



8) No estado de Washington, há uma lei contra sexo com uma virgem em quaisquer circunstâncias, incluindo a noite de núpcias.



9) Em Cali, na Colômbia, uma mulher só pode ter relações sexuais com o marido, se a primeira vez que isso ocorrer, a mãe estiver no quarto para testemunhar o ato.



10) Nenhuma mulher pode ter relações sexuais com um homem enquanto este conduz uma ambulância dentro do perímetro de Tremonton, Uhta. Se estes forem apanhados, a mulher pode ser acusada de delito sexual e o 'seu nome será publicado no jornal local.' O homem não é cobrado, nem o seu nome será revelado.



11) Em Romboch, Virginia, é ilegal a atividade sexual com as luzes acesas.



12) Em Nevada, é contra a lei ter relações sexuais sem preservativo.



13) É ilegal para qualquer membro da Legislatura de Nevada, durante um ato oficial, vestir-se com uma fantasia de pênis enquanto o legislador estiver em sessão.



14) No Arizona, Flórida, Idaho, Indiana, Massachusetts, Mississippi, Nebraska, Nevada, New York, Ohio, Oklahoma, Oregon, Dakota do Sul, Tennessee, Utah, Vermont, Washington e Wisconsin, a ereção que pode ser vista através da roupa de um homem é ilegal.



15) É proibido que um marido faça sexo com a esposa se seu hálito cheira a alho, cebola ou sardinha, em Alexandria, Minnesota. Se a esposa reclamar do fato, a lei diz que ele deve escovar os dentes.



16) Em Minnesota, é ilegal para qualquer homem ter relações sexuais com um peixe vivo. (Aparentemente, as mulheres estão liberadas).



17) Os muçulmanos não podem olhar os genitais de um cadáver. Isto também se aplica aos funcionários da funerária. Os órgãos sexuais do defunto devem estar sempre cobertos por um tijolo ou pedaço de madeira o tempo todo.



18) Uma portaria, em Wyoming,Newcastle, proíbe os casais de fazerem sexo em pé dentro de uma loja frigorífica de carne.



19) A penalidade para a masturbação na Indonésia é a decapitação.



20) Nos hotéis em Sioux Falls Dakota, cada quarto é obrigado a ter duas camas individuais, e as camas devem ficar a uma distância mínima de 60 centímetros quando um casal aluga o quarto para apenas uma noite. E é ilegal fazer sexo no assoalho entre as camas.


Fonte: terra.com.br







quinta-feira, abril 24, 2014

O Urso e a Panela

PARA PENSAR...

Um urso faminto perambulava pela floresta à procura de comida. A época era de escassez, porém, o seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida de um acampamento de caçadores.

Ao chegar lá, o urso, reparou que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ainda em brasas, e dela tirou um caldeirão de comida. Ao tirar a panela, o urso abraçou-a com toda a sua força e enfiou a cabeça dentro dela, começando a devorar tudo.

Enquanto abraçava a panela, percebeu que algo o magoava.

Era o calor do caldeirão… que lhe queimava as patas, o peito, e todos os lugares em que o encostava.

O urso nunca tinha experimentado aquela sensação e, interpretou as queimaduras, como algo que queria tirar-lhe a comida. Começou a rugir muito alto. 

Quanto mais a panela o queimava, mais ele a apertava contra o seu corpo e mais alto rugia.

Ao chegarem ao acampamento os encontraram o urso caído próximo da fogueira, agarrado à panela de comida. O urso tinha tantas queimaduras que a panela ficou presa no seu corpo e, mesmo morto, mantinha a expressão de estar a rugir.


Conclusão:
É impressionante como algumas pessoas não têm consciência do sentimento de apego. Apegam-se a ideias, emoções, crenças, hábitos, objetos, pessoas, situações, mágoas, frustrações, doenças. O medo do desconhecido é tanto que ficam presas ao que lhes parece familiar e seguro. Referem-se a tudo com um sonoro pronome possessivo: o meu marido, a minha roupa, o meu emprego, a minha forma de pensar, o meu trauma, o meu fracasso, a minha depressão... etc. 
Na vida, por vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser muito importantes. Algumas delas fazem-nos gemer de dor, queimam-nos por fora e por dentro, e mesmo assim, continuamos agarrados a elas!
Temos medo de abandoná-las e esse medo provoca-nos ainda mais sofrimento e desespero.
Apertamos essas coisas contra os nossos corações e terminamos destruídos por algo que, muitas vezes, protegemos, acreditamos e defendemos.
Em alguns momentos da vida, é necessário reconhecer que nem sempre o que valorizamos tanto é realmente importante, muitas vezes agarramo-nos, com todas as forças, ao que nos causa apenas angústia e sofrimento…
Tenhamos o discernimento que o urso não teve.


TENHA CORAGEM!!! ... LIBERTE-SE DA SUA PANELA!!!



- Autor desconhecido -