sábado, dezembro 13, 2008

PAÍS INFELIZ

Um estudo do Deustsche Bank Research chegou à conclusão de que Portugal é, de entre os países da OCDE, o que tem maior índice de infelicidade (satisfação pessoal dos interrogados). A percepção de três factores, a saber, a “ineficiência governamental”, o “descontrolo da corrupção” e a “falta de confiança interpessoal entre os cidadãos”, explicam este triste resultado.
As sociedades, tais como os indivíduos, têm medo e acumulam traumas. Caem em depressão. Vivemos assustados e com medo do futuro. Tristes tempos estes. E que fazemos? Embalam-nos com projectos de obras megalómanas. Ou com muros de contentores diante do Tejo, que é para não termos mesmo para onde olhar. E nós? Como de costume, adoptamos o provérbio: “fia-te na virgem e não corras”. A virgem neste caso pode ter vários nomes e roupagens. E até pode não ser nada virgem.
Alguma ideia sobre o que poderemos fazer para melhorar este nosso triste estado (a governação não é eficiente, a corrupção grassa, não confiamos uns nos outros)? Leitores-cidadãos-pensantes, onde estais? Será que foram aliens que responderam por nós a este inquérito e nós até estamos muito felizes e contentes e prontos a votar em 2009?

8 comentários:

Anónimo disse...

Leitores-cidadãos-pensantes, onde estais?
A sociedade, em grande parte, anda a tomar prozac, para poder ter uns óculos artificiais cor-de-rosa ... o melhor da vida é não ter nela grandes expectativas, viver cada dia o melhor que se sabe e pode, o que é difícil!
Será que foram aliens que responderam por nós a este inquérito e nós até estamos muito felizes e contentes e prontos a votar em 2009?
Quem disse que estavámos felizes e contentes ... a grande abstenção vem aí!

Cleopatra disse...

Em vez de tomar Prozac que tal ler Platão?
Não sei. Mas ontem na Fnac encontrei um livro com este titulo. menos prozac e mais Platão E porque não???
Nas próximas eleições antes de votar , leiam Platão.
Pode ser que nem votem E ... se ninguém votasse??

Anónimo disse...

Cara
Clara Pracana,
O que me admira é que seja o Deustsche Bank Research a dar por isso, então não há por cá nenhuma instituição similar, que veja isso?
Se calhar, andam muito ocupados a tentar descobrir a maneira de nos fazerem mais felizes, nos tempos que se aproximam, que nem tem tempo para isso, sabe-se lá.
Eu, que sou pessimista por natureza, acho, que talvez uma combinação de Xanax e de Prozac, num veículo alcoólico, de preferência bem graduado, fazia maravilhas, com a condição de ser tomado por duas ou três vezes ao dia.
Certamente, passaríamos a ser o País mais feliz da OCDE, quiçá da Europa ou até do Mundo.
Devia ser giro.
Quanto à sugestão da nossa Cara Cleopatra de ninguém votar, ia nisso, desde, que os candidatos também não votassem.
Cumprimentos, e peço desculpa pela intrusão.

LUSITANO

Clara Pracana disse...

Até que enfim que há um tema que suscita comentários!
O livro que a Cleópatra viu na livraria é muito interessante, já o li há uns tempos e recomendo (autor: Lou Marinoff). Ajuda a reflectir.
Eu duvido que a ausência de votação seja uma solução. Como sugere o Lusitano, o pior é se eles depois votam por nós. Parece-me é que temos de intervir mais como cidadãos, o que é mais fácil de dizer do que fazer, porque os partidos tornaram-se numa espécie de terrenos minados. Julgo, no entanto, que hoje em dia, com a net e a facilidade de comunicações, os movimentos de cidadãos podem assumir uma importância muito maior. Mas aguardo a vossa opinião.

Anónimo disse...

A principal causa da tristeza de muitos portugueses, em minha opinião, está na sistemática procura da felicidade no experior e não no interior de si próprios, em ter coisas em vez de ser alguma coisa, em parecer em vez de ser. É uma atitude pessoal desviada.

Nessa mesma linha de atitude, a resposta que muita gente dá à sua tristeza é mais passiva do que activa: não votar, eles são todos iguais, etc., implica sempre a omissão do agir. É ineficaz, não serve para nada, é uma cobardia "in disguise".

Ninguém tem a obrigação de vencer, mas todos têm o dever, perante si próprios, de lutar, de tentar, de fazer força.

Quem desata a chorar perante as dificuladades da vida, merece continuar a tê-las.

Pedro Correia Santos disse...

Boa Noite a todos!

Quando todos se queixam da escuridão, quem é que acende a vela?

Ou seja, quem está disposto a assumir uma candidatura a um cargo público e levar um projecto para a frente?
Se queremos algo feito teremos que ser nós a faze-lo... ou seja se queremos direitos teremos que assumir deveres. Em vez de deixar de votar devemos votar todos sempre!
E devemos fazer mais... concorrer para os cargos de presidencias de juntas de freguesia e afins para poder fazer algo a nível local que seja significativo para todos.

Enfim não vos vou "picar" mais!

Encontramo-nos nas mesas de voto!

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
commonsense disse...

Este útimo comentário anónimo é lixo. Convém apagá-lo. Não custa nada:
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Já está