sábado, setembro 30, 2006

Um breve Olhar sobre a Terapia de Casal

“A terapia de casal é a modalidade de terapia familiar mais difícil de fazer. Trabalhar racionalmente sentimentos que são profundamente irracionais é complexo. A construção de uma relação marital começa pelo sentimento de amor inexplicável. Ninguém sabe porque ama e, quando tenta saber, estraga tudo” (cit. in Gameiro, 1994, pp.38).

Cada cônjuge traz consigo uma história, uma família, cujas heranças familiares são transportadas para a relação, com todos os mitos, regras, valores, lealdades, em que a relação que cada um tem com a sua família de origem, poderá originar conflitos interaccionais.
Para além desta compreensão individual de cada elemento da díade e padrões relacionais, a perspectiva sistémica em terapia de casal, assenta num olhar sobre a relação conjugal, cujo conflito não é resultado de problemas de um ou outro elemento do par, mas sim em que todo o sistema está envolvido, tendo em conta o seu ciclo vital. O objectivo é que a relação se torne mais satisfatória para o casal, numa aceitação de que, como refere Gameiro, “não é possível mudar o outro, o melhor que se consegue é que o outro mude qualquer coisa na relação”, quebrando mitos impossíveis e desgastantes e promovendo a mudança, nunca privando a liberdade de escolha do casal relativamente ao futuro da relação.

“Soneto do amor total”

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei-de morrer de amar mais do que pude.

Poema de Vinicius de Morais (Livro de Sonetos, 1951), retrata um tema tão falado e discutido, tantas vezes escrito e pronunciado, tantas vezes sofrido e desejado.

Desde as histórias infantis, dos príncipes e princesas, desde os poetas que aprendemos até aos livros que nos despertam a atenção pelos títulos curiosos, desde Eros e Psique, simbólico do percurso doloroso da procura da unificação entre o Amor e a Alma... desde as nossas relações afectivas e das nossas histórias, que procuramos o “soneto de amor” na nossa vida.

Deixo então aqui a reflexão: Mas afinal o que é o Amor?

segunda-feira, setembro 25, 2006

Limpa Chaminés

"-Por favor, limpe a chaminé sobre a paixão e a vida - incitou Nietzsche.
- Uma das minhas pacientes é uma parteira - prosseguiu Breuer. - Está velha, encarquilhada, sozinha. Sofre de problemas cardíacos. Mesmo assim, está apaixonada pela vida. Certa vez, perguntei-lhe a fonte da sua paixão. Respondeu-me, então, que era o momento entre erguer um recém-nascido silente e o dar-lhe a palmada da vida. Ela renovava-se, assim dizia, pela imersão naquele momento de mistério, aquele momento entre a existência e o esquecimento.
- E consigo, Josef? O que se passa?
- Sou como a tal parteira! Quero estar próximo do mistério. A minha paixão por Bertha não é natural; é sobrenatural, sei disso, mas preciso de magia. Não consigo viver a preto e branco.
- Todos precisamos de paixão, Josef - interrompeu Niestzsche. - A paixão dionísica é vida. Mas a paixão tem que ser mágica e aviltante? Não haverá uma forma de dominar a paixão? Deixe-me falar de um monge budista que conheci o ano passado em Engadine. Vive uma vida frugal. Medita durante metade das suas horas de vigília e passa semanas sem trocar uma palavra com ninguém. A sua dieta é simples: uma única refeição por dia, aquilo que conseguir que lhe dêem, talvez uma maçã. Mas medita sobre a maçã até que esta prenhe de vermilhidão, de suculência e de vivacidade. Ao fim do dia, apaixonadamente, antecipa a sua refeição. A conclusão é, Josef: não precisamos de renunciar à paixão, mas temos que mudar as nossas condições para a paixão.
Breuer concordou, com um movimento da cabeça."


Quando Nietzsche chorou de Irvin D. Yalom

domingo, setembro 24, 2006

Aniversário da morte de Freud

Freud morreu a 23 de Setembro de 1939

Apesar de já ter morrido há 67 anos Freud continua a ser o único nome que a maioria das pessoas associa à Psicanálise.

Freud construiu as fundações de uma forma especial de olhar, intervir e pensar a vida mental. A Psicanálise deve a Freud a sua existência, assim como todos devemos a Edison a lâmpada eléctrica. No entanto, prendermo-nos demasiado a Freud pode induzir-nos no erro de pensarmos que a Psicanálise se reduz há vasta obra que Freud produziu.

Nos últimos 60 anos a Psicanálise sofreu modificações profundas, tendo inclusivamente gerado um número muito significativo de escolas que se desenvolveram em ramos específicos de intervenção, nomeadamente na psicologia dos bebés e dos recém-nascidos.

A Psicanálise é uma corrente viva e aberta à integração dos avanços que a sociedade vai adquirindo, e não um saber estático e cristalizado no princípio do século passado. Independentemente da influência e actualidade que as ideias de Freud inegavelmente tenham, é importante reconhecer a Psicanálise como corrente em constante evolução.

Abundam os preconceitos e as ideias feitas sobre a Psicanálise. Um dos objectivos deste blog é oferecer um espaço para que esses preconceitos possam ser desfeitos e contribuir para a divulgação da Psicanálise actual, sem no entanto esquecer as suas origens e influências.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Identificação ao agressor

No número de Setembro da revista Psicologia Actual vem um artigo sobre a síndrome de Estocolmo e o caso de Natascha Kampusch. O caso foi muito falado em Agosto pelo que não me irei detalhar nele.

Nesse artigo (não assinado) vem referido o mecanismo de identificação ao agressor como sendo um dos “responsáveis” pela simpatia que as vitimas têm em relação aos seus agressores. Na caixa 1 o autor tenta explicar o mecanismo de identificação ao agressor, mas na minha opinião, falá-lo de forma incorrecta. Na identificação inconsciente ao agressor não se desenvolve uma simpatia para com o agressor, mas uma espécie de assimilação da identidade do agressor, a vítima torna-se ela própria agressora. No caso de Natascha tratar-se-ia de identificação ao agressor se ela própria raptasse uma criança e fizesse com essa criança algo aproximado ao que lhe fizeram a ela.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Burnout e Depressão

Segundo Schaufeli e Enzmann (1998) “Burnout e sintomatologia depressiva não são simplesmente dois termos para iguais estados disfóricos. Sabemos que compartilham apreciável variância, especialmente quando a exaustão emocional está envolvida, mas os resultados não indicam completo isomorfismo. Nós concluímos que o burnout e a sintomatologia depressiva não são conceitos redundantes.”

Talvez a questão a colocar será “ Até que ponto, a classe médica não estará a banalizar o burnout, como um mal da sociedade, sem dar ao trabalho de fazer um diagnóstico completo da personalidade do sujeito?”

Afinal não são os acontecimentos que nos perturbam, é o modo com encaramos os acontecimentos que nos pode perturbar!

Mas esta é apenas a minha opinião…

Agora gostava de saber qual é a vossa?

domingo, setembro 17, 2006

Psicoterapias na Idade Avançada

No próximo dia 7 de Outubro vamos dar um curso introdutório sobre Psicoterapias na Idade Avançada no Instituto Superior Miguel Torga em Coimbra.

Tem havido, na minha opinião, até há relativamente pouco tempo uma grande negligência por parte dos psicólogos no apoio psicológico e psicoterapêutico à faixa etária que não se enquadra nos grandes idosos (acima dos 80 anos), mas que também já não corresponde inteiramente à psicologia mais banal do adulto. Refiro-me a todas as pessoas que se encontram entre os 60 e os 80.

Estas pessoas estão numa situação especial, ainda não se têm que defrontar com os grandes problemas de saúde que atingem os grandes idosos, mas sentem de uma forma muito clara que uma parte substancial da vida já foi vivida.

Frequentemente as pessoas deste grupo etário tendem a deprimir e a desinteressarem-se por elas próprias, mas raramente recorrem a um psicoterapeuta que as possa ajudar.

Se nós enquanto profissionais passarmos a estar mais atentos às necessidades específicas das pessoas deste grupo etário, então, muito provavelmente as pessoas também passarão a estar mais atentas a si próprias e a sentirem-se capazes de recorrer à nossa ajuda.

terça-feira, setembro 12, 2006

Necessidade de domínio

Há algum tempo atrás um dos meus pacientes enviou-me um e-mail com um poema que nos faz reflectir sobre a questão da posse e da necessidade de domínio sobre o outro. A forma como nós tendemos a pensar nos outros e, mais concretamente, nos nossos filhos como “propriedade” nossa é profundamente prejudicial porque não permite que a criança cresça para ser quem é.

É muito difícil mas muito importante respeitar o outro na sua individualidade.

Os Filhos

Os vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da Vida que anseia por si mesma.
Eles vêm através de vós mas não de vós.
E embora estejam convosco não vos pertencem.
Podeis dar-lhes o vosso amor mas não os vossos pensamentos, pois eles têm os seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar os seus corpos mas não as suas almas.
Pois as suas almas vivem na casa do amanhã, que vós não podereis visitar, nem em sonhos.
Podereis tentar ser como eles, mas não tenteis torná-los como vós.
Pois a vida não anda para trás nem se detém no ontem.
Vós sois os arcos de onde os vossos filhos, quais flechas vivas, serão lançados.
O arqueiro vê o sinal no caminho do infinito e Ele com o Seu poder faz com que as Suas flechas partam rápidas e cheguem longe.
Que a vossa inflexão na mão do Arqueiro seja para a alegria; Pois assim como Ele ama a flecha que voa,
Também ama o arco que se mantém estável.

Khalil Gibran

domingo, setembro 10, 2006

Definições de Burnout.

Este termo cada vez mais está a entrar no nosso vocabulário profissional. Por vezes é usado abusivamente, sendo um saco largo e profundo onde se pode colocar tudo o que está ligado ao cansaço e insatisfação profissional.

Como tal, é importante aceder ás definições dos investigadores na área para conseguir usar o termo com maior rigor.

Para Pines, Aronson (1988), burnout é o “estado de exaustão física, emocional e mental causado por um grande período de envolvimento em situações emocionalmente exigentes”, e “ envolvimento repetido em situações que requerem recursos emocionais”.

Outros autores referem o burnout como um processo e não uma afecção que ocorra num curto espaço de tempo, muito pelo contrário é um desgaste que se instala progressivamente.
Assim, Fawzi, e tal (1981) referenciam este processo em 3 fases:
1ª Fase – Perda de satisfação em termos sociais.
2ª Fase – Rápida deterioração física e mental, alterações no sono, perda de energia, alterações no peso e indiferença.
3ª Fase – Quebra física ou psicológica, podendo surgir ataques cardíacos, úlceras, doença mental.

Para nossa reflexão: “Estarei eu num processo de burnout?”


Se sim, consulte um psicólogo.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Porque falamos tanto de psicanálise...

Há uns dias atrás, um leitor e futuro colega (aluno do 2º ano de psicologia) escreveu-nos um e-mail a dizer que seguia com interesse o nosso blog, mas que tínhamos a tendência para escrevermos muito sobre teoria e técnica psicanalítica e muito pouco sobre outras correntes mais actuais. Dizia ainda que nem sequer tinha em grande conta a psicanálise e que portanto lhe parecia um desperdiço de tempo e recursos.

Este e-mail, o qual agradeço, teve como consequência fazer-me reflectir sobre a imagem da psicanálise junto dos psicólogos e achar oportuno dar-vos uma pequena explicação sobre porque falamos tanto de psicanálise.

Na verdade, falamos tanto de psicanalise porque a maior parte de nós tem formação complementar em Psicoterapia Psicanalítica e eu própria em Psicanálise.

A escolha de uma escola dominante na estruturação da nossa identidade enquanto psicólogos e da nossa prática clínica é, na maioria das vezes, circunstancial. A universidade, faculdade ou instituto onde fazemos a licenciatura é determinante nessa escolha. É nos primeiros anos de contacto com a psicologia que interiorizamos a ideia do que é bom ou mau, do que é melhor ou pior. Nesse julgamento seguimos, habitualmente, a opinião dos nossos professores e a linha que a própria escola adoptou para si.

Connosco não foi diferente. A maior parte de nós formamo-nos no ISPA (Instituto Superior de Psicologia Aplicada) em Lisboa, onde a linha dominante dentro da área da Clínica é a psicanalise, provavelmente porque o seu director, o Prof. Dr. Frederico Pereira, é psicanalista (ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Psicanálise).

Para além desta primeira adesão circunstancial que acabei de explicar, mais tarde cada um de nós individualmente fez um percurso pessoal que nos “convenceu” de que a psicanálise é um corpo teórico/clínico de elevada densidade e que está muito longe de se restringir aos escritos de Freud como por vezes se pensa.

A psicanalise actual aproxima-se da psicologia cognitiva, isto é, ambas as correntes parecem estar a convergir para uma área comum, a qual ainda não é inteiramente visível para ninguém. A psicanálise tem sido muito atacada ao longo da sua história e não me é possível neste post apresentar uma defesa fundamentada e suficientemente estruturada sobre as suas vantagens face a outras correntes. Por isso, deixo este assunto para uma outra oportunidade

Obrigada Rui Costa pela sua chamada de atenção. Vamos tentar diversificar mais.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Psicologia das Emoções e Psiconeuroimunofisiologia

Um dos interesses da psicologia das emoções é o estudo do ajuste emocional à doença física. Um outro é tentar compreender que tipo de estratégias emocionais para lidar com a doença é que são facilitadoras de uma qualidade de vida superior.

A psiconeuroimunofisiologia estuda as ligações entre o cérebro, o comportamento e o sistema imunológico. Procura entender a capacidade do corpo se adequar e adaptar aos reveses ambientais (imunocompetência), e articulá-los com os estados emocionais, o tipo e intensidade de stress que a pessoa está a enfrentar, as características de personalidade a qualidade das relações sociais.

Foi-me enviado por e-mail um trabalho académico realizado por 4 estudantes de psicologia na faculdade de psicologia da Universidade do Minho que aborda de forma sucinta, mas clara a importância do ajuste emocional ao cancro. Nesse trabalho Marta Dias, Patrícia Ferreira, Rui Costa e Sandra Cardoso destacam alguns pontos essenciais:

  • Embora os avanços da medicina, tenham possibilitado a descoberta de formas de tratamento mais eficazes da doença do foro oncológico, o cancro continua a ser uma das doenças mais temidas do nosso tempo.
  • O elemento fundamental de uma campanha contra todas as formas de cancro é a total e pormenorizada compreensão da doença.
  • O cancro da mama é o terceiro tipo de cancro mais comum a nível mundial, após o cancro de pulmão e do estômago, e o seu impacto é especialmente notado uma vez que ocorre maioritariamente nas mulheres, ameaçando um órgão que se encontra intimamente relacionado com a auto-estima, a sexualidade, a feminilidade, os papéis sociais e a própria vida. (Fernandes & Mclntyre, pg354). É pelo enorme impacto que a doença tem que se torna pertinente o estudo do ajustamento emocional. (Baptista, Moura, Rodrigues & Rosa 2000,pg61) <
  • No ajustamento emocional intervêm factores como: processos de coping, índices de esperança, receptividade social, adaptação psicológica e o estado de saúde dos pacientes.
  • Os processos de coping são estratégias de conforto utilizadas pelos sujeitos para lidar face a uma nova situação, ou seja, é a melhor forma que os pacientes encontram para lidarem com a sua doença, neste caso com o cancro, visando o aumento da auto-estima e daauto-eficácia.
  • Os índices de esperança, são muito importantes no ajustamento emocional, isto porque de acordo com a literatura, os sujeitos com índices elevados de esperança, tem uma melhor adaptação à doença.
  • O suporte social funciona como um "recurso de coping", actuando essencialmente na diminuição das exigências da situação stressante. Nesta perspectiva, o suporte social é visualizado como um processo transaccional em que o indivíduo interage continuamente como meio sempre em mudança, influenciando-o e sendo por ele influenciado.
  • Os referenciais teóricos indicam a fase de pós-diagnóstico, como uma fase de crise em que as pessoas necessitam de grande suporte, em especial de tipo emocional, para poderem enfrentar esta situação ameaçadora, tornando-a menos lesiva para o seu bem-estar e identidade pessoal. (Samarel et al., 1998; Santos et al., 1994; Ward et al., 1991 in Lopes, Ribeiro & Santos 2003,pg200)
  • A adaptação psicológica relaciona-se com o estado afectivo e o estado funcional dos pacientes ao longo da doença. Este factor está muito relacionado com a personalidade da pessoa.
  • Indivíduos com estratégias de coping positivas, elevados índices de esperança e contextos sociais receptivos, aumentam a sua adaptação psicológica em relação à doença, aumentando a probabilidade do seu estado de saúde melhorar, provando que o ajustamento emocional é benéfico em experiências stressantes como o cancro.
  • O modo como o indivíduo percepciona cognitivamente a sua doença influencia o seu comportamento perante a doença

Os meus agradecimentos aos 4 autores que gentilmente nos deram a ideia e o material para este post.

domingo, setembro 03, 2006

Tempo

Tempo

O tempo passa por nós
Desfocado sem se ver
E a única maneira de o agarrar
É continuar a viver

Será que ele abranda?
Não me parece
Pois sem ele
Nada acontece

Continua, não pares
Faz o que tens a fazer
Aproveita-o bem
Ele não se vai render

Paulo Jorge Machado de Campos

Este simples poema vai de encontro a uma queixa recorrente dos nossos clientes. Não tem tempo para gastar numa psicoterapia que pode durar anos… é o que por vezes dizem. Mas afinal e o tempo que se passou até chegarem ao ponto actual, como foi gasto?
Será que que uma hora por semana, das 168 que ela tem, é tão dificil de encontrar?

Parece útil referir que o tempo não para com a psicoterapia. E que a vida do cliente continua… e continua cada vez melhor! Então se o tempo passa sempre, porque não passa-lo cada vez melhor?

Deixo esta provocação… sem perder mais tempo!

O BlogDay

No passado dia 31 de Agosto comemorou-se o dia do Blog. O objectivo desta comemoração é facilitar a divulgação dos blogs na blogosfera.

O Salpico foi escolhido e recomendado pelo lâmpada azul como sendo um dos seus 5 preferidos. Explorem as outras recomendações de João Craveiro:

Cooking for Engineers
Dr’s e Engenheiros
Linhas de Prazer
Rascunhos